segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aeroportos

No último mês e meio eu viajei muito de avião, passando por aeroportos de três continentes. E também perdi muito tempo nos aeroportos.

Desde o fatídico 11 de setembro de 2001, que viajar de avião ficou cada vez mais complicado. São revistas mais rigorosas e nada padronizadas, além de claramente serem de resultados duvidosos.

Um exemplo: numa ida a Montreal, a sobrinha (Roberta) de minha esposa levou um perfume de mais de 100 ml em sua bagagem de mão. Puro esquecimento. No trecho Brasília (BSB) - São Paulo (GRU), nenhum problema, afinal de contas era um voo nacional, em que não há maiores restrições a líquidos nos aviões.

No trecho GRU - Miami (MIA), a operadora de raio-X teve pena do perfume dela e disse para ela colocá-lo mais no fundo da bolsa, o que dificultaria a visualização. Em MIA ela pretendia transferir o perfume para a bagagem despachada, mas, ao contrário do que nos fora informado no check-in, nossa bagagem iria diretamente para Montreal (YUL).

Pois bem, a revista americana, que exige que se tire sapato, passou batida e não viu o perfume de Roberta, e ele chegou são e salvo a YUL.

Outro problema sério, esse mais localizado no Brasil é a falta de infra-estrutura nos portões de embarque. Com a necessidade de passar a bagagem de mão no raio-X, é preciso dirigir-se ao portão de embarque mais cedo, principalmente em voo internacional, que ainda tem o controle de fronteira. Então, do ponto de vista do tempo, é muito mais seguro comer já depois dessas medidas de segurança.

Só que aqui no Brasil, quase não há nada na área do portão de embarque. O caso mais ridículo é o do Galeão (GIG), que tem apenas um livraria pouco maior que um quiosque e um quiosque que vende refrigerantes. Isso na área de embarque internacional. Uma vergonha para o aeroporto do que deveria ser a principal porta de entrada no Brasil.

GRU é apenas um pouco melhor, mas pelo menos tem uma cervejaria na área de embarque. Por outro lado, considerando a área antes e depois do portão de embarque, GRU é ridículo pelas poucas e caríssimas opções que oferta. No GIG, fora da área de embarque até que tem uma praça de alimentação até legal.

E o Aeroporto dos Guararapes, em Recife? Apesar de estar muito distante dos melhores aeroportos do mundo, para mim, sem bairrismos, é o melhor do Brasil, considerando-se a quantidade de passageiros, voos e opções gastronômicas e de lazer. Ainda que também tenha o problema de se quase tudo concentrado na área aquém ao portão de embarque.

Será que arquiteto brasileiro que projeta aeroporto nunca andou de avião?

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