domingo, 26 de setembro de 2010

O FIM



Como todo mundo notou, ninguém nunca mais escreveu no nosso blog.
Já que de fato ele está morto, deixo esta postagem só para marcar formalmente o seu fim, como uma espécie de atestado de óbito.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aeroportos

No último mês e meio eu viajei muito de avião, passando por aeroportos de três continentes. E também perdi muito tempo nos aeroportos.

Desde o fatídico 11 de setembro de 2001, que viajar de avião ficou cada vez mais complicado. São revistas mais rigorosas e nada padronizadas, além de claramente serem de resultados duvidosos.

Um exemplo: numa ida a Montreal, a sobrinha (Roberta) de minha esposa levou um perfume de mais de 100 ml em sua bagagem de mão. Puro esquecimento. No trecho Brasília (BSB) - São Paulo (GRU), nenhum problema, afinal de contas era um voo nacional, em que não há maiores restrições a líquidos nos aviões.

No trecho GRU - Miami (MIA), a operadora de raio-X teve pena do perfume dela e disse para ela colocá-lo mais no fundo da bolsa, o que dificultaria a visualização. Em MIA ela pretendia transferir o perfume para a bagagem despachada, mas, ao contrário do que nos fora informado no check-in, nossa bagagem iria diretamente para Montreal (YUL).

Pois bem, a revista americana, que exige que se tire sapato, passou batida e não viu o perfume de Roberta, e ele chegou são e salvo a YUL.

Outro problema sério, esse mais localizado no Brasil é a falta de infra-estrutura nos portões de embarque. Com a necessidade de passar a bagagem de mão no raio-X, é preciso dirigir-se ao portão de embarque mais cedo, principalmente em voo internacional, que ainda tem o controle de fronteira. Então, do ponto de vista do tempo, é muito mais seguro comer já depois dessas medidas de segurança.

Só que aqui no Brasil, quase não há nada na área do portão de embarque. O caso mais ridículo é o do Galeão (GIG), que tem apenas um livraria pouco maior que um quiosque e um quiosque que vende refrigerantes. Isso na área de embarque internacional. Uma vergonha para o aeroporto do que deveria ser a principal porta de entrada no Brasil.

GRU é apenas um pouco melhor, mas pelo menos tem uma cervejaria na área de embarque. Por outro lado, considerando a área antes e depois do portão de embarque, GRU é ridículo pelas poucas e caríssimas opções que oferta. No GIG, fora da área de embarque até que tem uma praça de alimentação até legal.

E o Aeroporto dos Guararapes, em Recife? Apesar de estar muito distante dos melhores aeroportos do mundo, para mim, sem bairrismos, é o melhor do Brasil, considerando-se a quantidade de passageiros, voos e opções gastronômicas e de lazer. Ainda que também tenha o problema de se quase tudo concentrado na área aquém ao portão de embarque.

Será que arquiteto brasileiro que projeta aeroporto nunca andou de avião?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010


Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de Paraskavedekatriaphobia ou parascavedecatriafobia, ou ainda frigatriscaidecafobia.


Todo mundo já deve ter ouvido falar que sexta-feira 13 é sinônimo de que alguma coisa vai dar errado, ainda mais no mês de agosto (considerado por muitos como mês das bruxas). Isso tudo acompanhado dos filmes do Jason, o mascarado imortal de antigamente (o cara era um ser humano, mas nunca morria, pois sempre tinha outro filme, tipo ‘o retorno’), gosto nem de pensar.

Eu, particularmente, não duvido dessas lendas, tanto que nunca passo embaixo de escadas, fujo de gato preto e sempre gostei de ter comigo uma figa, um trevo de quatro folhas ou um pé de coelho (admito que este último foi abandonado desde que comecei a ter consciência de quantos bichinhos poderiam estar morrendo por conta da minha superstição!).

Também não gosto de marcar nenhum compromisso muito importante nestes dias, prefiro ficar na minha. De preferência em casa!! Mas, de onde vem essa teoria da má sorte na sexta-feira 13?

Na numerologia o número 12 é considerado algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 signos do zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio.

A crença de que o dia 13, quando cai em uma sexta-feira, é dia de azar, é a mais popular superstição entre os cristãos. Há muitas explicações para isso. A mais forte delas, segundo o Guia dos Curiosos, seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos.

Mais antigo que isso, no entanto, são as duas versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa. Já notou que os conjuntos de mesa são constituidos, geralmente, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos? Deve haver um por que, não é?!

Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.
Portanto,somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.

A crença na má sorte do número 13, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em vastas regiões do planeta - até em países cristãos - é estimado como símbolo de boa sorte. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. Assim, na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Minha mãe, particularmente, adora o 13. E você, o que pensa sobre o assunto?!

domingo, 25 de julho de 2010

Os Infortúnios Ocultos

           

Uma leitura sempre válida que adoro, excepcionalmente útil à reflexão nesses tempos de drama das chuvas...


            Nas grandes calamidades, a caridade se agita, e veem-se generosos impulsos para reparar os desastres. Mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam desapercebidos, de pessoas que jazem num miserável catre, sem se queixarem. São esses os infortúnios discretos e ocultos, que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que venham pedir assistência.

            Quem é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples mas bem cuidados, seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água furtada: lá vive uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a alegria brilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses infortunados não são profissionais de mendicância. O pai se encontra no hospital, e durante esse tempo à mãe não pode suprir as necessidades.

            Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à escola suficientemente agasalhados e no seio da mãe não faltará o leite para os menorezinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguirá para o hospital, levar ao pai algum consolo e tranquilizá-lo quanto à sorte da família. Na esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo o que vai levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela crença nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma: Comecei bem o meu dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.

            Por que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade, mas a mãe lhe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei eu, na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajuda-me a cuidar deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece suficiente? Nada mais simples: aprende a fazer costuras úteis, e assim confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai formando sua filha das virtudes ensinadas pelo Cristo. É espírita? Que importa?

            Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra aprovação que a de Deus e da sua própria consciência. Um dia, porém, uma circunstância imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para lhe oferecer trabalhos manuais. “Psiu! — diz-lhe ela. Não contes a ninguém!” Assim falava Jesus.

(KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo)


           

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigo

Pq hj é dia do amigooooo... eu quero dizer a todos os meus amigos de hj, de ontem, de sempre, de as vezes, de todo dia, de quase nunca, de 1 vez no ano, de perto, de longe, de qualquer forma que seja e em qualquer idioma....

Inglês: Friend
Holandês: vriend
Francês: Ami
Alemão: Freund
Grego: φίλος
Italiano: amico
Russo: друг
Espanhol: Amigo
Português: AMIGO

Amigossss...

Vinicius diz: Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos... Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... 
Paulinha diz: Eu sintooo saudades de tudo isso já, sinto no sábado saudade das conversas da sexta. E eu quero sentir muita saudadeeeeee... pq quer dizer q coisas boas aconteceram....
Vinicius diz: Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Paulinha diz: Acho sim que dura para sempre, as minhas vão durar... viu gente??? Vão durar no meu coração, mesmo que cada um vá para um lado, mesmo q eu vá p China...
Vinicius diz: Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... 
Paulinha diz: :( .Que horrorrrr, me arrependi desse texto.
Vinicius diz: Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
Paulinha diz:: Que horror de novo! Eu vou dizer que SÃO meus amigos (acho que todos os amigos de Vinicius morreram).
Vinicius diz: A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...
Paulinha diz:: :(
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...
Paulinha diz:: pior que é verdade, mas ainda sim somos amigos!
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Paulinha diz:: :) Isso significa: Amigos para sempre é oq nós iremos ser...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!
Paulinha diz: Essa é a parte que eu assino em baixo!!!

Roberto Carlos cantou pra alguém mas eu cantaria para vcs:  "Com palavras/Não sei dizer
Como é grande/O meu amor/Por vocês... ;)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Anjos na forma de amigos


Faz um tempo que penso em escrever em homenagem aos meus amigos.
Amigos que são a extensão da minha família, um porto seguro.
São parte de mim e do que sou.

Sei que as palavras nunca alcançarão o que representam de fato na minha vida, mas quero dedicar um texto que recebi de uma amiga muito especial há um tempo, e que guardo com muito carinho e amor:


“Pela amizade que você me devota,
por meus defeitos que você nem nota...

Por meus valores que você aumenta,
por minha fé que você alimenta...

Por esta paz que nós nos transmitimos,
por este pão de amor que repartimos...

Pelo silêncio que diz quase tudo,
por este olhar que me reprova mudo...

Pela pureza dos seus sentimentos,
pela presença em todos os momentos...

Por ser presente, mesmo quando ausente,
por ser feliz quando me vê contente...

Por este olhar que me diz:
"Amigo, vá em frente!"

Por ficar triste, quando estou tristonho,
por rir comigo quando estou risonho...

Por repreender-me quando estou errado,
por meu segredo sempre bem guardado...

Por seu segredo, que só eu conheço
e por achar que só eu mereço...

Por me apontar pra Deus a todo o instante,
por esse amor fraterno tão constante...

Por tudo isso e muito mais eu digo:
Deus te abençoe, meu querido amigo!"

Brigada a cada um de vocês por trazerem à minha vida, através do carinho e do amor, um pouco ou um muito de Deus.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Natal do Meio do Ano

Hoje, dia 25 de junho de 2010, comemoramos os 2 anos de nossa Marianinha, e como não poderia ser diferente, o tema desta postagem faz referência a ela:


Assim como o "antes" e o "depois" pedem um referencial, algo que os complete, que lhes confira um sentido inequívoco, que lhes exponha a essência, que lhes indique a direção...

Hoje percebemos que "Noh" e "Beta" pediam algo que os completasse, que lhes conferisse um sentido inequívoco, que lhes expusesse a essência, que lhes indicasse a direção...


...pediam. ;)

Através das Lentes da Madrinha (clique na imagem)

Prosseguimos rumo a infinitos outros desafios...


terça-feira, 22 de junho de 2010

Irena, um exemplo

Solidariedade parecer ser a palavra do momento aqui em Recife, em função das cheias em Pernambuco e Alagoas. Ontem, coincidentemente, recebi um e-mail falando de Irena Sendler, talvez um dos maiores exemplos de solidariedade que já existiu. Copio abaixo o texto do Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Irena_Sendler) sobre ela.

A Mãe das crianças do Holocausto

“ A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade. - Irena Sendler ”


Quando a Alemanha Nazista invadiu o país em 1939, Irena era enfermeira no Departamento de bem estar social de Varsóvia, que organizava os espaços de refeição comunitários da cidade. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro.

Em 1942, os nazis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou:

"Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto."


Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:
"Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "Que podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto?" A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.


Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacas de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.

Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.

Os nazis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Em 1944, durante o Levantamento de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.

De início, as crianças que não tinham família adoptiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.
As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe: "Lembro-me da sua cara. Foi você quem me tirou do gueto." E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.

Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que recordava como "a menina da colher de prata".

Proposta para o Nobel da Paz

Irena Sendler foi apresentada como candidata para o prémio Nobel da Paz pelo Governo da Polónia. Esta iniciativa pertenceu ao presidente Lech Kaczyński e contou com o apoio oficial do Estado de Israel através do primeiro-ministro Ehud Olmert, e da Organização de Sobreviventes do Holocausto residentes em Israel.

As autoridades de Oświęcim (Auschwitz) expressaram o seu apoio a esta candidatura, já que consideraram que Irena Sendler era uma dos últimos heróis vivos da sua geração, e que tinha demonstrado uma força, uma convicção e um valor extraordinários frente a um mal de uma natureza extraordinária.

O prémio, no entanto, foi dado a Al Gore.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Copa do Mundo, Zebra e o Recife

Bom, antes que alguém ache que eu estou endoidando, eu não podia deixar de falar da Copa do Mundo, principalmente após a patética estreia do Brasil e a ridícula estreia da Espanha.

Por outro lado, eu havia me comprometido a falar de alguns problemas de Recife, então, vamos ver se eu consigo fazer esse samba do crioulo doido ter algum sentido. :)

O jogo de ontem, do Brasil, foi abaixo de qualquer crítica. Confesso que dei umas pescadas no primeiro tempo e minha esposa dormiu bem uns 15 minutos do jogo. Eita joguinho chato. Mas terminamos achando um gol quase impossível com Maicon e ainda fizemos um belo gol com Elano. O que não estava no script foi o gol norte-coreano. Mas foi bom. Aliás, estou numa dúvida danada se quero que, mesmo aos trancos e barrancos, nossa seleção (não merece ser escrita com um S maiúsculo) seja campeã em 2010. Se não mudarmos a forma de jogar, é preferível que não, para não sofremos a praga de um futebol pragmático por vários anos futuros. E logo agora que a sempre pragmática Alemanha resolveu jogar um futebol mais vistoso. Não, quero que uma Seleção que pratique o futebol arte ganhe esta Copa. A dificuldade é descobrir qual Seleção faz isso.

Pensava-se que a Espanha seria esta Seleção-arte de 2010, mas o início dela conseguiu ser bem pior que o do Brasil. Nem jogou bem, e ainda perdeu para a quase inexpressiva Suíça. A primeira zebra desta Copa, que já foi marcada por dois frangos homéricos.

Falando em zebra, em inglês a faixa de pedestre é chamada de zebra crossing - por razões meio óbvias, já que ela se assemelha a listras de uma zebra. As primeiras zebras crossing foram pintadas na Inglaterra em 1949 e lá estão até hoje. Numa zebra crossing inglessa, a prioridade do pedestre é absoluta. Não tem essa de haver uma zebra crossing com sinal de pedestre. Zebra crossing significa que o carro tem que parar e o pedestre pode passar. Logo, dificilmente se encontra uma zebra crossing numa área de muito movimento de carros e pedestres. No centro das grandes cidades inglesas, o que existem são locais para o pedestre atravessar, controlados por sinais - sem a presença do que a gente conhece como faixa de pedestre. Desta forma, é fácil colocar na cabeça de todo mundo que o pedestre tem a prioridade na faixa. A regra não comporta exceções.

Ah, no Chile também é assim. Mas aqui no Brasil, não. Pinta-se o chão como uma zebra em todos os locais (mesmo os mais inapropriados) que alguma autoridade(?) do trânsito acredita que um pedestre pode querer passar. Geralmente com sinal para os carros e para os pedestres. Ora, se tem sinal, para que a faixa? E o pior é quando o sinal não é de 3 tempos, como no cruzamento da Agamenon Magalhães com a Praça do Derby, ou no cruzamento da Mário Melo com a Cruz Cabugá (tá, lá o sinal é de três tempos, mas nenhum dos tempos é exclusivo para os pedestres). Resultado, sempre tem carro passando, e o pior, teoricamente, com o sinal mandando que ele passe. O que fazer nesta situação? Essa pergunta vale tanto para o carro, como, principalmente, para o pedestre.

Talvez pior ainda seja a faixa de pedestre que tem na Rua da Aurora, em frente ao TCE. Ela tem sinal para carro, mas não tem para pedestre!!!! Como a faixa de pedestre é relativizada pelos sinais, aqui no Brasil, o motorista sabe que se o sinal está verde para ele, ele pode passar, sem medo. Logo, ele não vai parar nesta faixa, a menos que o sinal esteja vermelho. Mas não tem nenhum sinal para o pedestre, que precisa fazer um certo contorcionismo para ver o sinal do carro. E lembrar que ele deve atravessar quando o sinal está vermelho, o que, em si, é um contra senso. Mas, enfim, coisas de nossa província.

domingo, 13 de junho de 2010

Felicidade


Se tudo na vida é relativo, relativa também é a idéia do que cada um faz da felicidade.
Para alguns, felicidade é ter dinheiro no bolso, cerveja na geladeira, roupa nova no armário.
Para outros, ela representa o sucesso. Uma carreira profissional brilhante, ou o simples fato de se achar importante no ambiente de trabalho.
Muitos acham que ser feliz é poder conhecer o mundo. Viajar e passear!
Para mim, no entanto, o conceito de felicitade é um pouco diferente.
Para mim, ser feliz é ser gente, é ter vida é gerar vida!
Felicidade é ter a família reunida.
É sonhar, chorar, sorrir...
Felicidade é viver cercado de amor,
É plantar e colher amizades
Ser feliz é acordar às cinco da manhã depois de ter ido dormir às três da madrugada,
Só pra dar uma pontinha da sua cama pro seu filho dormir.
Ser feliz é poder amamentar seu filho, é cochilar enquanto ele também dá um cochilo...
Ser feliz é ver todo dia um sorriso no rosto de uma criança!!
Felicidade é música, é dança, é paz interior.
É o prazer de descobrir que a vida reinicia a cada amanhecer.
Ser feliz é curtir o sol radiante, o frio aconchegante.
Ser feliz é saber enxergar o outro,
é fazer da vida uma grande aventura,
a maior loucura,
um imenso prazer.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Copa do Mundo (Football Anticipation)

Amanhã começa a Copa do Mundo de Futebol.
Na verdade, começou hoje com um show de abertura (que não pude assistir – um oferecimento da CTI do trabalho).
Mas amanhã é o primeiro jogo.
E eu podia ficar aqui falando sobre futebol, Copa, Seleção, blá blá blá... mas como to num momento “eu adoro fotografia” vou falar por fotos.*

Preparativos:
APITOS (Oli Scarff-Getty Images)

CADEIRAS (AP Photo-Guillermo Arias)

A torcida:
VUVUZELA (REUTERS-Mark Wessels)

A bola da festa:
JABULANI (REUTERS-Kai Pfaffenbac)

O local:
ÁFRICA DO SUL (AP Photo-Hassan Ammar)

SOCCER CITY (REUTERS-Siphiwe Sibeko)

Todo o Mundo (nos próximos 30 dias):



*As fotos são de vários blogs sobre fotografia. As fotos dos torcedores foram tiradas durante a copa do mundo de 2006 em bares na França e Inglaterra.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O SENTIMENTO UTÓPICO

Até que ponto estamos compromissados com aquele que, vez ou outra, nos encontramos, beijamos e trocamos carinhos com palavras e gestos?

Na era do “ficar” o racional deve fazer parte da mente do casal que não se compromete. Ficar para beijar, ficar para abraçar, ficar para obter apenas alguns momentos de prazer. Racionalizar o sentimento é tarefa primordial para obter uma boa ficada.

Regra n° 1: não haverá sentimentos de ciúme para com o seu parceiro “ficante”, ele não é seu nem de ninguém;
Regra n° 2: não haverá sentimento de perda, pois aquele, com quem você fica, esporadicamente, nunca se comprometeu em fazer parte da sua vida;
Regra n° 3 (talvez a mais importante de todas): não haverá cobranças com o seu “ficante”.

Somos livres e livres somos para escolhermos quem quiser. Fazer o que o momento deseja sem o peso da responsabilidade do respeito. Ops! Respeito!? Quem está falando em respeito? A liberdade de não ter compromisso não se choca com o respeito.

Mas eis um problema que nasce quando sentimentos surgem durante uma, duas ou três ficadas. Quando ambos sentem a necessidade de ficar mais e mais o racional começa a perder espaço para o inexplicável sentimento da paixão.

Mas é tão bom não ter compromisso com ninguém, não precisar dar satisfações, é tão boa a liberdade de apenas ficar! No entanto, a razão começa a se tornar distorcida e menos concreta quando o interesse aumenta. O desejo agora é outro, está mais definido e menos frio. Querer mais, sentir mais. A paixão começa assim, sem que percebamos o ficar não supre a necessidade que antes era momentânea. Será que é aí que entra o respeito?

Respeitar o sentimento, mesmo que este ainda seja um embrião em desenvolvimento, é necessário? Respeitar pelo simples fato de gostar de ficar.

O “ficador” racionaliza o coração e objetiva prazeres efêmeros e inconstantes. Quem se apaixona por esse indivíduo cria, em sua mente, a utopia de um dia ter confiança em sentimentos objetivos.

O bom mesmo é ter sonhos, planejar, almejar... sem racionalizar. Melhor ainda é fazer isso a dois e com a mesma pessoa!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Beijinho?
















Vcs tão vendo isso?

Tem beijo que parece mordida...
Tem mordida que parece beijo...
Tem carinho que parece briga...
Tem briga que parece carinho...

Mas o que é finalmente isso?
A Tia da escolinha disse que ela ganhou um beijinho do amiguinho.
E eu disse: Tem beijo que parece mordida né?
Claroooo que ela pediu millll desculpas, explicou que é normal nessa fase... bla bla bla!!! E me mostrou o agressor: um menininho de cabelo cacheado...


Tudo q eu desejei naquele momento foi diminuir 1 metro p poder mostrar a ele o poder da minha arcada dentária!!! Mas claro q isso era impossível...
Olhei pra Nanda e disse: Titia vai lhe ensinar a morder, puxar cabelo, dá chute, tapa e unhada...
As tias, duas pombas lesas incapazes de vigiar 2 bebês, deixaram aquele projeto de CHUCK machucar a princesinha da gente... Que raivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa........

Cheguei em casa e comecei o intensivo:
- Nanda, morda aqui!!! - Dei meu braço, meu dedo, mas tudo q ela fazia era rir!!!

Realmente, tem coisas que só a vida ensina. E é péssimo sentir como somos incapazes de proteger quem amamos. Reagir as agressões da vida é algo que definitivamente não se ensina!!!! Cada um aprende do seu jeito, no seu tempo e no seu limite. E esse "beijinho" é apenas um dos primeiros que fará ela chorar. Essa é apenas a primeira de muitas mordidas que ela vai ganhar sem esperar...

Owwww lindona da titiaaaa.... espero que seu anjinho da guarda esteja sempre ao seu lado pra proteger vc de tudoooo que não está ao nosso alcance!!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Two Tales of a City

PARTE I

Tarde de uma sexta-feira de maio, após esquadrinharmos o MoMA lotado de turistas e de atrações, sentamo-nos no pátio do Museu de Arte Moderna de Nova York antes de partir para o museu/porta-aviões Intrepid. Ali observamos a aproximação de uma mãe e seu filho, que aparentava ter em torno de 7 meses de vida.

Como quase todas as mães que observamos na cidade, ela levava seu filho amarrado ao ventre voltado pra frente, de costas para ela, o que já me causava certo incômodo.

Como alternativa para que Marianinha veja o mundo sem perder o contato direto conosco, costumamos levá-la sentada em nossa cintura, de lado, quase sob nossas axilas (ou sob nossas asas), como os índios. Lá, quando os via segurando os bebês no braço (caso raro, aliás) eles estavam sempre voltados pra frente, segurando-os com uma das mãos como um garçom de filme portando um guardanapo de pano.

A mãe chega ao banco do lado, liberta a criança e a coloca no chão sem cerimônia. Como ele já engatinhava, embora muito franzino, o guri sai em desabalada carreira entre os adultos sobre o piso de mármore úmido e cheio de folhas (há um espelho d’água e vegetação nesse pátio descoberto), sendo observado a meia-distância pela mãe. Mais incômodo pra esse pai com inclinação ao protecionismo.

Viro-me pra Maria e confesso: “eu ‘sei’ que tô errado, mas tenho sempre a 'impressão' que o amor deles pelos filhos é diferente do nosso”. A partir dessa frase, juntamos fragmentos das experiências dessa e de outras viagens, das experiências de vida, e divagamos...

Estávamos na capital de uma sociedade onde a felicidade é conseqüência direta da vitória, enquanto a derrota é a palavra-chave para o sofrimento.

Costumamos desejar a Marianinha, que seja feliz antes de tudo, pois se encontrar o amor, um sentido na vida e condições financeiras apenas suficientes para ter saúde em sentido amplo a fizerem feliz, independentemente de um grande sucesso profissional e financeiro, desejamos que todas as suas decisões a conduzam a isso, sempre.

A ponta da pirâmide, entretanto, é composta por apenas um bloco de pedra, tê-la como meta primeira de vida impõe preparar-se desde cedo para estar por si só. E só. Nesse cenário e num sentido inverso ao do meu senso, quanto mais preparado para a solidão, mais independente de qualquer outro ser, mais centrado si e em seus interesses (mais egoísta enfim), mais próximo o indivíduo estará da felicidade.

A civilidade aqui, não visa o bem estar do outro, mas a preservação da própria individualidade: não se invade o espaço de outrem, para fazê-lo seria necessário observá-lo e estabelecer algum tipo de laço. “Tornamos-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos” é quase uma sentença de morte, ou o que é pior, de derrota. Não se cativa, segue-se estritamente a norma e, esquivando-se dos laços (ou das amarras), chega-se mais facilmente ao topo.

Nesse contexto, não há maior prova de amor que preparar seu filho para ser só, ser vencedor e, portanto, ser feliz.

Concluímos por fim que o amor é o mesmo, na medida em que objetiva o mesmo bem.

O fato é que essa relação marsupial que estabelecemos com nossos filhos aqui no Brasil, fora dessas condições ideais de temperatura e pressão, resultaria na infelicidade dos mesmos. Apenas isso...

Maria alimentando a arte de Picasso

Mas a sensação persiste: graças a Deus, nasci brasileiro...

sábado, 22 de maio de 2010

Paternidade

Sempre gostei dessa música, ao ponto de ela sempre me emocionar, mas agora ela passou a ter um significado ainda mais especial.




É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim
Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme menino levado, dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus
Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado, com o filho que ele quer Ter.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

“Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra ser sempre o mesmo.” (Dom Helder)



Não lembro onde nem quando li esta frase, mas lembro que ela me chamou a atenção, mesmo antes de refletir sobre ela.
Também confesso que não posso garantir que foi mesmo D. Helder quem escreveu.
Mas, enfim, isso não importa.

Ultimamente, tenho observado mais como nos acomodamos fácil com as coisas.
A gente se habitua a tudo, até ao que muito nos incomoda.
E vai vivendo assim, muitos até o fim, até que um simples pinguinho d’água esborre o copo já cheio.
Isso se o pinguinho acontecer.
Porque também se não, deixa estar. Não tá bom, mas também não é tãão ruim assim.

Aí, “por acaso” (porque não acredito muito nele), hoje, fazendo uma limpeza na minha caixa postal, eu me deparei com um e-mail que recebi há mais de 1 ano, que fala um pouco sobre isso.
Copiei um trechinho pra cá:

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
...
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma
.”
(Marina Colasanti)

É bem isso mesmo.
E que atire a primeira pedra quem, em algum momento ou aspecto da vida, não se encaixa de alguma forma aí.

É claro que se habituar não é algo necessariamente ruim.
Às vezes, é preciso.
Mas o que tenho aprendido aos poucos, e nem sempre através de sorrisos, é exatamente o que diz aquela frase que dá título a este texto:

“Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra ser sempre o mesmo.”

Porque o primeiro passo, e talvez mais difícil, que podemos dar contra a tal acomodação é buscando a nossa própria mudança.

domingo, 16 de maio de 2010

Por que não podemos ser civilizados?

Rua de pedestre no centro de Santiago. Não fede e não tem nenhuma sujeira no chão. Ah, isso foi no dia da festa do aniversário da cidade.

Antes que alguém fique decepcionado com o texto, não darei nenhuma resposta ao título deste post. E peço antecipadamente um desconto pelo texto, pois acabei de chegar de uma longa pedalada, que entre ontem e hoje foram cerca de 120 km. Seria um pouco mais, se câimbras não tivessem me afastado da bicicleta por um pouco menso que 10 km.

Mas voltando ao ao título do post, por que será que nós brasileiros não conseguimos ser "civilizados"? Tudo bem que em Recife (ou no Nordeste, de uma forma geral), a situação é um pouco pior de que no resto do país, mas mesmo nas cidades mais organizadas (para mim: Curitiba e Brasília, nessa ordem), as coisas ainda são muito distantes de uma boa civilidade.

Ah, e não estou comparando apenas com Europa, Canadá ou Estados Unidos (nunca fui na Nova Zelândia e Austália, então não sei exatamente de que lado dessa comparação elas entrem, ainda que eu desconfie fortemente).

Basta ir ao Chile, que a gente vê como as coisas são diferentes. Em Santiago as ruas são limpas e não se ouve poluição sonora. Não vou nem falar da questão da violência, porque aí a humilhação fica grande demais.

Eu gostaria de poder viver numa cidade em que as ruas não fedessem a merda (eu poderia ter sido um pouco mais "educado" e usado fezes, mas essa palavra é sutil demais para o fedor em frente ao Porto Digital), que as sarjetas não fossem lixões ao ar livre, que eu não fosse acordado na manhã do sábado com o caminhão da Localiza semi-novos anunciando suas ofertas, enfim, que houvesse um mínimo de civilidade.

Bom, por hoje é só. Próximo mês eu pretendo retomar esse assunto, analisando algumas teorias para esse nosso grau de incivilidade.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O nascimento de uma Mãe


Quando um bebê decide vir ao mundo, nasce com ele uma mãe.

Uma mãe é mãe desde o primeiro instante. Mesmo quando a vida ainda é um minúsculo ser implantado no ventre, a gente já é mãe do coração. Todo nosso pensamento, todo nosso cuidado se volta para esse serzinho que, tão minúsculo, já provoca emoções tão grandes.

A simples descoberta já nos traz um turbilhão de emoções inexplicáveis. A vida nunca mais vai ser a mesma. E nos perguntamos: "será que vou ser uma boa mãe?" "Será que vou saber cuidar do meu bebê?" . Sem falar que quando já temos um, acrescentamos a essas duas últimas perguntas clássicas: “Será que vou dar conta de dois?”, “Será que vou surtar?”. Até porque quem já é mãe (ou até pai) e acaba resolvendo ter outro filho sempre acaba escutando mensagens terroristas como: “ Agora é que você vai ver o que é bom! Vão viver brigando.” , “você não vai ter tempo pra mais nada”, “Depois do segundo seu corpo nunca mais será o mesmo”, blá, blá, blá...

Mas uma mãe não nasce mãe e não aprende a ser em escolas. Uma mãe é e isso basta. Mãe sente, mãe adivinha, mãe aprende sofrendo, mãe sofre aprendendo.

Benditas são as mulheres! Se elas suportam uma das maiores dores (pelo menos é o que dizem, pois eu não tive nehuma! Sortuda, hein?!), sentem sem dúvida a maior das felicidades. Uma mulher grávida é sempre algo sublime, ela tem uma aura invisível que reflete e ilumina seu rosto. Ela carrega nela a vida, um pedacinho dela mesma que vai um dia ter vida própria e isso é maravilhoso e assustador ao mesmo tempo (afinal quem quer pensar que um dia seu pequeno príncipe pode vir a sofrer por fazer escolhas erradas? Mãe é meio neurótica mesmo!!).

Deve ser por isso que nos tornamos tão emotivas e choramos tão facilmente. Deve ser essa a razão de querermos estar satisfeitas em todos os nossos desejos.

Que a gravidez não é uma doença é verdade. Mas não digam que a pessoa pode viver normalmente durante estes nove ou até dez meses, porque isso não é verdade. Todo o equilíbrio físico, psicológico e emocional fica balançado. Sem falar que cada gravidez pode se maniferstar de maneira diferente na mesma pessoa (foi este o meu caso). Há ainda hoje civilizações onde as mulheres grávidas são tratadas como seres especiais e divinos (gostei de saber disso! Acho que vou recomendar a meu marido!).

Para aquelas que estão descobrindo as alegrias da maternidade agora (ou que ainda irão descobrir), deixa eu te dizer uma coisa: se você tem medo de não saber o suficiente para ensinar ao seu bebê os caminhos da vida, saiba que é com ele que você vai aprender a trilhar muitos desses caminhos. Viva a sua gravidez em todos os seus instantes e não se preocupe se está fazendo ou se fará as coisas certas ou erradas. Seu coração vai te ditar, confie nele! Aproveite ao máximo cada segundo, pois cada momento é único e esse privilégio não é dado a todas. Fale com seu bebê, faça carinho nele, sorria pra ele; viva o mais serenamente possível. Acredite: esses momentos são preciosos!...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ser Fã ou Não Ser!


Muitas vezes paro e me pergunto se eu sou uma pessoa fanática (não “fanáutica”, não confundam, pois eu sou uma pessoa “jovem”).
Será que sou fã de alguma coisa?
E se sou... pelo que ou por quem.
Fui atrás de uma definição pra descobrir a solução pra minha pergunta:

“Fã é uma pessoa dedicada a expressar sua admiração por uma pessoa famosa, grupo, idéia, esporte ou mesmo um objeto inanimado.”

Encontrei essa definição na internet.
E por ela, acho que todos somos fãs de alguma coisa ou alguém, não?
Porque imagina que vidinha mais morna você não ter nada pra admirar, se espantar ou se assombrar...
Não to falando aqui do malassombro.
Mas do assombramento que maravilha e encanta.
O anjo do Apocalipse já avisa há muito tempo:

“Sei que não são nem frios nem quentes...mas, porque são apenas mornos, vou vomitá-los.”

Não penso que me enquadro na categoria dos vomitáveis. Não, definitivamente não sou uma pessoa morna.

“Na Filosofia, a «admiração» ou «espanto» é o princípio fundamental para começar a filosofar, ou seja, é um processo atrativo através do qual não passamos indiferentes perante qualquer coisa, colocando-nos em movimento, terminando no conhecimento de si, como desconhecendo-se («só sei que nada sei», Sócrates) ou desconhecendo as coisas. Assim, admirar-se perante qualquer coisa é ter a capacidade de questionar o que parecia evidente, procurando esclarecer o que se apresenta como obscuro.”

Mas ainda não é sobre essa admiração filosófica (tentando responder: quem eu sou?) que me questiono e sim na admiração sem sentido e aparentemente irracional que nutrimos por coisas, pessoas ou ideias.
Daquela que você não ganha nada em troca por nutri-lá.
Ou será que ganhamos?
Porque como explicar a imensa satisfação e alegria por ver seu time de futebol vencer, ou a dor e sofrimento por vê-lo perder... Ou então torcer por algum competidor num reality show na TV e até mesmo votar, para que ele vença... Ou parar na rua pra admirar o design de um carro novo que tá passando e ficar extasiado por vê-lo passar... Ou se sentir a pessoa mais importante do mundo porque conseguiu um autógrafo do seu ídolo...
(pra que serve mesmo um autógrafo?)
Se, depois, o mundo segue da mesma maneira e nada, absolutamente nada, vai mudar na sua vida depois desse dia?
Definitivamente algo deve mudar.
Bem dentro do nosso ser, algo deve mudar.
A emoção do assombro, espanto, admiração e encantamento é o que faz sua mente lembrar que sua alma tá lá.
Irracional, emocional e viva.
Mesmo na derrota.
Lembramos da nossa existência.
E é nesse momento que temos a certeza que vale a pena continuar sendo fãs.
Irracionais mas felizes.
E a vida continua!
E... como hoje eu to fanática, vou dividir esse post em dois!
...

Walk On, Bono!

Eu sou uma pessoa fã.
De muitas coisas, de muita gente.
Nunca gosto mais ou menos de alguma coisa.
Ou amo ou odeio.
Se é ruim ser assim? Talvez sim, talvez às vezes sim.
Quase sempre não. Não que eu ache! Prefiro ser assim.
Morna, nunca!
E hoje, porque há exatos 50 ANOS atrás nasceu Bono, deixo aqui meu

FELIZ ANIVERSÁRIO

 pra ele, e pra vocês, uma música que adoro do U2 com direito a video* no youtube.



"And love is not the easy thing
"E o amor não é uma coisa fácil
Is the only baggage that you can bring
É a única bagagem que você pode trazer
Love is not the easy thing
Amor não é uma coisa fácil
The only baggage you can bring
A única bagagem que você pode trazer
Is all that you can't leave behind"
É tudo o que você não pode deixar para trás"

And if the darkness is to keep us apart
E se a escuridão for nos separar
And if the daylight feels like it's a long way off
E se a luz do dia parece estar muito longe
And if your glass heart should crack
E se seu coração de vidro se partir
And for a second you turn back
E por um segundo você quiser voltar atrás
Oh no, be strong
Oh, não, seja forte

Walk on! Walk on!
Siga em frente! Siga em frente!
What you got, they can't steal it
O que você conquistou, eles não podem te roubar
No, they can't even feel it
Não, eles não podem nem sentir isso
Walk on! Walk on!
Siga em frente, siga em frente
Stay safe tonight
Fique segura esta noite

You're packing a suitcase for a place
Você está arrumando a mala para ir a um lugar
None of us has been
Onde nenhum de nós esteve
A place that has to be believed to be seen
Um lugar no qual se tem que acreditar para se ver
You could have flown away
Você poderia ter voado para longe
A singing bird in an open cage
Um pássaro cantando em uma gaiola aberta
Who will only fly, only fly for freedom
Que só irá voar, só voará pela liberdade

Walk on! Walk on!
Siga em frente! siga em frente!
What you got, they can't deny it
O que você conquistou eles não podem te negar
Can't sell it, or buy it
Não podem te vender, nem podem te comprar
Walk on! Walk on!
Siga em frente! Siga em frente!
You stay safe tonight
Fique segura esta noite

And I know it aches
E eu sei que dói
How your heart it breaks
Como o seu coração se partiu
You can only take so much
Você pode aguentar mais um pouco
Walk on! Walk on!
Siga em frente! Siga em frente!


Home!
Lar!
Hard to know what it is
Difícil saber o que é
If you never had one
Se você nunca teve um
Home!
Lar!
I can't say where it is
Eu não sei onde é
But I know I'm going
Mas, eu estou indo
Home!
Lar!
That's where the hurt is
É onde a dor está

And I know it aches
E eu sei que dói
And your heart, it breaks
E o seu coração, ele se partiu
And you can only take so much
E você pode aguentar mais um pouco
Walk on!
Continue em frente!

Leave it behind
Deixar pra trás
You've got to leave it behind:
Você tem que deixar para trás:

All that you fashion
Tudo o que você molda
All that you make
Tudo o que você faz
All that you build
Tudo o que você constrói
All that you break
Tudo o que você quebra
All that you measure
Tudo o que você mede
All that you feel
Tudo o que você sente
All this you can leave behind
Tudo isso você pode deixar para trás
All that you reason, it's only time
Tudo o que você raciocina, é apenas tempo
And I'll never fill up all I find
E eu nunca estarei acima do que procuro
All that you sense
Tudo o que você percebe
All that you scheme
Tudo o que você conspira
All you dress-up
Tudo que você veste
All that you've seen
Tudo o que você vê
All you create
Tudo que você cria
All that you wreck
Tudo o que você destrói
All that you hate
Tudo o que você odeia
All this you can leave behind
Tudo isso você pode deixar para trás

*Esse video foi gravado no Rio de Janeiro em 2000, quando o U2 veio divulgar o lançamento do CD "All That You Can´t Leave Behind", ou ATYCLB, como os fãs chamam.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

CARTA PARA UM AMIGO QUE CONQUISTOU SEU SONHO.

Um diz recebi uma notícia de que um grande amigo tinha conseguido conquistar um antigo sonho de sua vida. Imediatamente fui para o computador e escrevi esse pequeno texto em sua homenagem. Queria apenas externar a minha felicidade e demonstrar o quanto a conquista dele foi importante para mim. Quando se tem uma amizade verdadeira, as conquistas, os sonhos, as derrotas e as decepções são compartilhadas e tornam-se maiores ou menores, a depender da alegria ou da tristeza.

Compartilhar uma alegria com um amigo é intensificar a emoção sentida; em contrapartida, compartilhar uma tristeza com um amigo verdadeiro é dividir uma angústia e amenizar o peso de carregá-la só.

Beijos a todos e espero que gostem do meu textinho.


Caixinha de surpresas

De repente, abrimos os olhos e estamos insatisfeitos,
De repente, abrimos os olhos e estamos felizes,
De repente, abrimos os olhos e estamos tristes.

Quanta inquietude percorre a mente do homem, estamos sempre buscando o novo, buscando a nossa satisfação pessoal. Por um momento, achamos que toda satisfação foi alcançada com uma nova conquista, mas logo nos deparamos com incertezas, frustrações e com uma nova vontade de chegar mais longe.

Mas aonde pretendemos chegar? Será que vamos alcançar a tão sonhada satisfação? Satisfação de que?

Apenas alguns conseguem!

O homem busca, tenta, chega bem perto e, às vezes, consegue alcançar o seu objetivo. Digo “às vezes” porque nem todos são merecedores ou são capacitados. Sim, meu amigo, nós devemos merecer os nossos sonhos, pois nem todos são merecedores dos seus próprios objetivos. Um pouco contraditório, não é!? Mas é assim que é a vida, cheia de contradições que só conseguimos entender com o passar do tempo, este é o senhor das respostas para todas as nossas dúvidas.

Seria tão bom se todos fossem merecedores..., o mundo não seria tão egoísta...

O medo não faz parte dessa busca, aquele que teme não alcança. Medo de mudanças, de tentar, de não conseguir, medo, medo e mais medos... Eventualmente somos capturados pela jaula dos nossos pensamentos frustrantes, ela nos prende e nos impede de seguir adiante. Infelizmente, aqueles que temem são capturados no meio do caminho. Felizes são aqueles que sonham mais alto do que é permitido, que buscam na fé e na crença de si mesmo a motivação de sempre ir em frente.

Você, meu amigo, é um merecedor! Está sempre abrindo a janela do horizonte, enxergando mais longe e alcançando os seus sonhos. Numa busca simples e determinada, dando um passo de cada vez e tendo corpo e alma fechados para as pedras que irá encontrar no meio do caminho. O medo, realmente, não faz parte dos seus sonhos.

De repente, uma notícia pode transformar nosso dia.

A notícia da sua conquista merecedora fez-me repensar sobre os valores que devemos dar a vida, sobre nossos sonhos e sobre a diferença de tentar e querer. O tentar traz muitas dúvidas e gera alguns medos, devemos querer (fazer) com uma convicção, quase que materializada, da nossa conquista.

De repente, fiquei mais feliz...
Fiquei mais feliz com uma notícia que não era minha, mas que era igualmente importante, pois quando se tem um amigo o sorriso dele faz parte do nosso, as mãos estão sempre unidas para a ajuda mútua e a felicidade, meu amigo, é única!!!!!!!!

A vida é uma caixinha de surpresas e tenha certeza de que essa só é uma das muitas conquistas de um merecedor!

Beijos de sua amiga,

sábado, 1 de maio de 2010

Recomeço

Eu acho tão bom recomeçar... é até melhor que começar. Pq só recomeçamos oq é bom, o que queremos q continue! O que é ruim a gente acaba e pronto... e oq é bom a gente recomeça pra ficar melhor ainda :)
Existem várias datas que simbolizam um recomeço, uma renovação: o reveillon, a páscoa, o nosso aniversário. Mas independente de datas sempre podemos recomeçar, renovar, melhorar!!!
Não importa onde paramos... oq importa é que sempre é possível começar de novo...
Acho que por isso que estamos aqui... dando uma nova chance a nós mesmos...
Merecemos infinitas chances, qd estamos dispostos a melhorar. Eu já perdi a conta de quantas chances eu me dei. Sim, pq muitassss vezes achei q era o fim de tanta coisa...  e o fim é belo incerto...
Mas se ele for certo, tudo depende de como vc vê e da fé que vc deposita em vc para o novo começo.
E enquanto tivermos fé em nós mesmos... recomeçaremos: a dieta, a ginástica, um trabalho, um plano qualquer, uma amizade, um amor.... e tudo que valher a pena.
A dieta dos pontos não deu certo? tenta a da lua...
Perdeu um amor??? Nós somos amáveis... amores virão... recomece...
Foi reprovado? Repita... aprendemos isso na escola...
O Sol todo dia recomeça novo...
Então estamos nós aqui recomeçando, nos dando uma nova chance pra melhorar ... pra continuar algo bom....
Bom recomeço para todos nós, Bocas!!!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Distante de tudo

Hoje e terca-feira de carnaval (mardi gras para alguns) e eu estou num lugar em que o teclado nao tem acentos e se eu nao fosse brasileiro, nem teria ideia de que hoje e a terca gorda, o principal dia do carnaval.

No momento estou escutando reggae, esperando para ir ate o pueblo (cidade), fazer o check-in e voltar para Santiago, onde ficarei mais uns dias e voltar para Recife.

Estou, no momento, na Ilha de Pascoa, o lugar habitado mais remoto do mundo, perdido no meio do Oceano Pacifico. A viagem por aqui foi otimo. So fico triste porque hoje e o dia de deixar este paraiso (e porque ha quase um mes ninguem tem tempo para atualizar nosso blog).

Depois eu subo algumas fotos dos Moais, mas isso, so quando eu voltar a Recife.

Iorana! (Esta e a saudacao local, que tanto serve para dizer bom dia, boa tarde, ola, oi e adeus).

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Fé...

Hj... quer dizer de ontem pra hj... meu cachorrinho velhinho me ensinou mais uma coisa: Que a Fé é instinto... Instito pra vida, pra luta, pra continuar e acreditar...
Acho que nessa evolução humana perdemos muitos instintos... e tb a Fé!!!
O fato é que ele tem 20 anos... é um poddlezinho que mal enxerga, mal escuta e devido a alguns problemas neurológicos decorrentes da idade, pra andar 1 metro ele precisa dar pelo menos umas 10 voltas. Mas é impressionante a força de vontade desse bichinho...
Ontem estava eu super incomodada com uma dorzinha de cabeça típica dessas viroses, quando ele começa a gritar, uivar, chorar... sei lá... um som que só transmitia dor... e num era pouca não... era muita dor.
Tylenol e nada, dorflex e nada, 3hs da manhã e Emergência 24hs. O veterinário de plantão parecia um gringo, tratou meu Nininho com o maior carinho e cuidado, examinou da respiração aos ossinhos das patinhas. O diagnóstico: o rim tá ruim e tem água no pulmão, além de convulsões localizadas... é a idade... o tempo que passou e o coraçãozinho, pulmãozinho, rinzinho dele estão dando hora extra já... e qd um num funciona direito... é aquele efeito dominó, algo que outro veterinário chamou de falência multiplas dos orgãos.
Bem, mas aí começaram as injeções: diurético, analgésico, anti-inflamatório, diazepan, num sei o quê pro estômago... sei que no total foram 6, mas na 4ª eu desmaiei. É, eu começei a suar frio, a ver tudo branco e fui parar num colchonete que o veterinário de plantão usa pra dar uns cochilos qd o movimento ta fraco!!!! Aiaiai.... como me senti péssima... meu companheiro de tantos anos ali nas últimas e eu resolvo desmaiar....
Mas depois de tudo isso... voltei com Nininho pra casa... apagado em meus braços de tanto remédio, isso era umas 5 da manhã e ele dormiu até umas 08:00... qd começou a gemer de dor de novo. Minha vó chegou p me ajudar e a conclusão era: Ele está morrendo!!!! Claro que veio na minha cabeça tudo que ele representou em 20 anos da minha vida, mas eu tinha que aceitar... a morte é a vida... e minha virose num é nada!!!!
E tudo que passou na minha cabeça foi... e oque eu faço???... já haviam me dito pra fazer o pior: Sacrificar... p ele não sofrer!!!! Mas eu sou fraca mesmo... não consigo!!! E tudo me me propus a fazer é fazer o possível para que ele não sinta dor... e vá descansando aos pouquinhos!!!!
Pois é... eu já tava certa do fim, já tinha entregado os pontos.... só queria que não fosse tão doloroso para ele e consequentemente para mim. Então: dipirona de algumas horas em algumas horas... soro caseiro de instante em instante, muda posição p ele ficar mais confortável, cobre se tiver com frio, descobre q ta calor, alisa, faz massagem... mas eu não acreditva mais!!!
Só que, enquanto eu não acreditava mais... ele tentava levantar... ficar em pé... ele sentia dor mas tentava... eu oferecia água ele aceitava... ele deixou claro que ELE ainda acreditava e tava ali lutando, lutando pela vida dele, acreditando e tendo FÉ.
Peguei metade do mingau da minha sobrinha e dei p ele numa seringuinha e ele tomou todinho... e tentava se levantar reclamando como se pedisse ajuda, eu não acreditava que ele ficaria em pé.... mas minha irmã colocou ele em pé... e ele ficou em pé sozinho.
De manhã ele não conseguia levantar a cabeça e de noite conseguiu ficar em pé. Meu Deus, como ele é forte!!! foi oq todo mundo aqui em casa pensou!!!
Agora ele ta ali dormindo, sem dor!
Eu to aqui escrevendo... e jaja vou lá dar água a ele!!!
Ele me surpreendeu... não sei qts horas, dias ou anos ele ainda vai aguentar!!!! Mas ele pra mim é um herói... meu heróizinho de quatro patas que num desiste nunca, nem para de lutar!!! ESSA ERA A FÉ QUE EU GOSTARIA DE TER!!!

O impossível é pra quem não tem um sonho e não crê que pela fé tudo é capaz
Inalcançável é pra quem não tem o dom de transformar desejos em pontes pra chegar
Imbatível é quem faz de cada luta um degrau pra fortalezas alcançar
Invencível é quem nem pensa em desistir, faz dos espinhos trampolins pra chegar lá
Diga pra vida: eu sou mais eu
Diga pro alvo: aí vou eu
Flecha veloz nas mãos de Deus
Vá em frente o mundo é seu
Olha pra dentro de você
A gente nasce pra vencer
Pois é a fé que faz o herói

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tempo



Assim como Robi, e provavelmente quase todo mundo, eu também fiz minha lista de resoluções para o ano novo. O problema é que ao começar a implementar minhas decisões eu cheguei à triste conclusão que faltam horas no meu dia. E olha que dentre minhas decisões para 2010 algumas incluíam deixar de fazer alguma coisa.

Pois é, o tempo, hoje, é algo que me falta - e olha que eu tenho a sorte de só ter que dar expediente 6 horas por dia, por outro lado, a advocacia - fora do horário de expediente - está cada vez mais intensa e consumindo o meu tempo.São tantas coisas a serem feitas e tão pouco tempo para fazê-las. Trabalhar, dormir, se alimentar, ficar com a esposa, ficar com a família, ficar com os amigos, estudar, se exercitar, ler livros, internetar, ver filmes, viajar, escrever nos blogs, fotografar...

Infelizmente eu não consegui dormir pouco. O ideal são 8 horas por noite, com 7 eu me satisfaço, mas às vezes bate um sono de tarde, principalmente se eu for fazer algo mais intelectual, como ler ou estudar. Com 6 horas de sono, eu posso agüentar um dia, no máximo, mas vou estar bem sonolento. Menos que isso é pedir para morrer - passo o dia como um zumbi.

E infelizmente, também, o dia não tem mais horas. Sei lá, 27, 30 ou mesmo 36 horas. Então o jeito é tentar organizar a lista de prioridades, e deixar de fazer coisas que se gosta, como ficar mais tempo com os amigos.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Listas e Resoluções para Este Mês!

Cansei dessas listas de 10 coisas blá-blá-blá... que assolam por todos os lugares. Na TV, web, revistas, e seja lá mais onde, que vivo me deparando.

Não por causa da lista em si, mas pelo fato de ter que escolher, limitar e classificar, numa ordem de preferência, determinado tema. Como se existisse uma regra universal que regesse tudo isso...

Aliás, essa mania de listar coisas a fazer realmente virou uma febre literária. Tudo agora se resume nas 1000 coisas que você não pode deixar de comer, ouvir, ler, visitar, ou qualquer outro verbo apropriado para a coisa em questão, antes de morrer...

E, um dos meus questionamentos sobre isso é: por que esse prazo tão longo? Até morrer?
Alguém pode até dizer: pra dar tempo de fazer tudo... sim, mas e por acaso existe alguma idade limite para se adquirir esses livros? E outra: por acaso alguém sabe o dia que vai morrer? Ou então, cinicamente falando: Daria pra fazer alguma dessas coisas "depois" de morrer?

O tempo é tão relativo...

Todo começo de ano é isso... surgem todas essas listas e resoluções obrigatórias que no fundo só devem trazer ansiedade pra quem tenta seguir (ou até pra quem tenta formular...).
E se por acaso só existirem 9 coisas referentes a um determinado tema... inventa-se a décima?
Sei não viu...

Mas, pensando nisso tudo e pra não ficar por fora da ordem mundial (kkkkkkkkkkkkk), deixo aqui minha lista de coisas que fiz, começarei ou estou fazendo nesse mês de janeiro (nada com prazos eternos nem temas específicos), mas apenas coisas... (ah, e não vou dar ao trabalho de numerar... não, não vou!)

* Comecei a ler 3 livros ao mesmo tempo (depois que li um inteiro no feriado do Reveillon, meio que me deu uma vontade de ler livros)

* Voltei a correr (estou QUE-BRA-DA)

* Iniciei um regime severo (nada como ir ao médico, dia 04/01, e descobrir que engordei 3 kg no mês de dezembro, pra me incentivar mais)

* Resolvi seguir o @realwbonner no twitter (valeu a dica, Cacá – to me divertindo com as férias tuitadas dele e principalmente do povo que o segue)

* Terminarei de organizar minhas fotos de viagem (o mês ainda não terminou... eu vou... juro!!)

* Vou acompanhar o BBB (não, delsmilivri)... o American Idol, que começa na próxima terça-feira, dia 12 (A-DO-RO!!!)

* Vou voltar a estudar inglês (tá, só é em fevereiro, mas decidi em janeiro, então entra na lista)

* To escrevendo meu post no blog DEZBOCADOS (que deveria ser o 4º post do ano do blog, mas que por motivos que é melhor nem comentar, será o primeiro. Aliás, acho que o blog tava de recesso desde o Natal --> olha aí uma boa desculpa!)

* Já chegou em 9? Ah, sei lá...


* Faça sua lista também.


Fui!!! :))