quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PRIMEIRO DIA DE AULA


E quando você vê aquele seu bebezinho lindo e bochechudo já não é mais tão bebezinho assim. Vai pra escolinha. Aí começa o dilema: qual a melhor escola? Método pedagógico X ou Y? Perto ou longe de casa? Quantos alunos por sala? Quantas professoras e auxiliares? Quantas fardas? Qual a melhor mochila? Levar o lanche de casa ou o da escola? Levo mamadeira ou os amiguinhos já vão estar todos com seus copinhos ultramodernos e só o seu “bebezão” estará de mamadeira? São muitos questionamentos, não é. Principalmente para uma mãe de primeira viagem! Mas aí o dia chega, ele e você toda empolgada, farda e mochila pronta, fotos mil (aqui em casa pelo menos tudo é um flash!). Chegando lá tudo muito lindo, parece mais uma competição de mães pra ver qual filho fala mais, qual anda melhor, qual é o mais esperto da turma. Tudo perfeito!

Aí os dias passam e você (a coordenadora pedagógica mais precisamente) diz que ele está pronto pra ficar só e você, claro, concorda. Afinal, ela deve entender mais do assunto do que você. Mas não é tão simples quanto parece. Parece que ele advinha o dia D e na hora em que você vai se despedir ele faz aquele bico gigantesco e cai em prantos. Aí você não sabe se fica ou se sai de uma vez. Acreditem é uma tortura psicológica! Você acaba indo embora (com lágrimas nos olhos, é lógico) e se achando a pior mãe do mundo. Achando que ta causando o pior trauma da vida do seu filho (ou pelo menos o primeiro!). E você pensa que acabou? Claro que não!! Você passa o resto da manhã ligando pra escola pra saber se ele está bem, de olho no seu celular (pois alguma catástrofe pode acontecer – pensamentos de mãe neurótica), sem falar nos ponteiros do relógio que parecem andar mais devagar a cada minuto que passa.

11h00min – toca o despertador do celular e você toma um susto! Era apenas um lembrete pra você buscar o filhote na escola (como se você conseguisse algum segundo esquecer isso!). Aí começa a terceira parte da agonia: o elevador do seu trabalho demora pra chegar, então você resolve descer as escadas correndo mesmo (quase caindo por causa daquele sapato alto infeliz que você resolveu colocar logo hoje); pega o carro e descobre que consegue fazer o percurso em 5 minutos (o que normalmente se faz em pelo menos 15). Talvez você esteja vendo Fórmula 1 demais!! Tudo pra não atrasar nem um segundo o horário de saída do colégio e seu “filhinho” se sentir abandonado! Pronto: chegou! UFA! Respira fundo (antes de sair do carro) dá o seu melhor sorriso, como se estivesse a pessoa mais tranquila do mundo e entra no recinto. SURPRESA! O pequeno bebê-homem está numa boa brincando e nem percebe a tua presença ali. Aí você pensa que bom que ele está gostando da escola! Então logo vem aquele “diabinho” no seu ouvido dizendo: “ele não sente falta de você”, “agora ele só vai querer saber da Tia Fulana”, “você abandonou o coitado aos prantos”, “péssima mãe, péssima mãe”...
É quando de repente ele te enxerga lá do fundo da sala e vem correndo te dar o maior sorriso e abraço gritando: “Mama...Mama...”. Pega a mochila, dá xau e solta beijos pra todos da escola e não solta da tua mão. E aí você pensa: MISSÃO CUMPRIDA!!!

3 comentários:

  1. A dor e a delícia de ser... mãe!

    Desafio e superação a cada nova fase da vida dos filhotes...

    Valeu!

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  2. July,
    Tão lindo seus posts "depoimentos" sobre maternidade.
    To adorando!

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