terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Querer eu quero, mas... nem sempre posso!

Neste final de semana tive a oportunidade de assisti a um bate papo com alguns crismandos numa igreja na Cidade Universitária, pois minha melhor esposa tinha sido convidada para ser madrinha de crisma de uma adolescente, filha de uma amiga nossa.

Começo assim:

...era uma vez um garoto que morava lá pras bandas do norte, se não me falha a memória em Boa Vista - RR, mas isto é o que menos importa neste textículo que vos escrevo.

...ele muito pequeno ainda, gostava de brincar de futebol, subir em árvore para “roubar” frutas, jogar pedras em gato e cachorro(invenção minha, porque todo menino faz isso), mas isto é a coisa mais natural de uma criança que mora em cidade pequena, em casas térreas, e até agora eu não disse nada de novo. Mas...

...acontece que ele tinha algo ou não tinha e que não permitia algumas perspicácias infantis, mas ele levava uma vida muito feliz.

...6º filho de 7, era menino que não acabava mais, e ele nos confidenciou que era muito mimado.

... e um dia seu pai foi obrigado a ir morar em Fortaleza, uma metrópole, se comparada à outra. E este jovem rapazinho sentiu muito, pois não havia árvores e nem campinhos para brincar e além de toda essa falta seu pai ainda dizia: cuidado, pois aqui tem muito ladrão e é muito perigoso sair sozinho de casa.

...e diante de todas as ameaças da vida, ele um excelente aluno que gostava de matemática e física, se dedicou ao estudo e um belo dia...

...disse: Mamãe! Quero estudar em Recife, quero fazer telecomunicações num curso que tem duração de 6 meses, já que tenho aptidão para encarar.

... e morrendo de medo da resposta, sua mãe disse: “e você vai ficar sozinho lá? E quem vai lhe ajudar a fazer as coisas? É que o seu futuro cunhado morava em Recife e disse que não teria problema nenhum que ficasse em sua casa.

... e ele veio aventurar e começou a estudar e muito animado, seu cunhado falou que iria se mudar para Natal. E foi complicado para aquele rapaz encarar a vida em Recife sozinho e com aquele “algo”.

...mas ele disse que ficaria e continuaria os estudos... e aprendeu a cozinhar feijão, fritar um ovo e cuidar de uma casa, como qualquer mortal faz.

Após conclusão dos estudos, apareceu uma oportunidade para estagiar numa grande empresa, uma tal de shesfi, parece que se escreve assim e esta empresa o contratou para trabalhar no setor de informática. Mas neste ínterim, ele fez um curso na Escola Técnica. E logo que começou perguntou ao professor: “o senhor acha que eu tenho condições de ser “aproveitado” em alguma empresa?” e ele respondeu: NÂO!!!!!!!

...e aquilo o deixou mais convicto de que a luta seria dobrada.

...mas voltando ao assunto, após 9 anos naquela empresa ele fez um concurso para um tribunal deste da vida e foi aprovado.

...este jovem senhor hoje é casado, tem 3 filhos, é um pai exemplar, que gosta de participar da vida deles e é muito presente.

...E tinha uma certeza: de que jamais poderia dirigir um carro.

Ele simplesmente é o nosso amigo Lúcio, da informática e ele nem sabe o que eu estou revelando, mas se quiser me processar, pode pedir meu CPF e Identidade, pela invasão de privacidade.

Eu não poderia guardar uma história de vida tão perfeita, que foi assim que DEUS nos reservou.

Um beijo para todos e desculpem minha falta de responsabilidade para com os dezbocados.

gilmalan

Um comentário:

  1. Bela história real... realmente, o protagonista desta história merece muito mais que aplausos. Pois em um mundo onde tantas pessoas "tem algo a menos" ele mostrou que tem "algo a mais" e consegue enxergar muito além do que muitos conseguem ver!!!

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